quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Espetáculo de Dança!


O Espetáculo de Dança Contemporânea, "EntreTantoS", é resultado de um trabalho de pesquisa, criação e produção cênicas, que os alunos do último ano do Curso de Graduação em Dança da Universidade Anhembi Morumbi realizaram em 2008.
O Curso de Dança da Anhembi, atualmente, é o único na cidade de São Paulo, algo incrível de se acreditar, por esta ser uma das maiores cidades do país. O curso superior de dança já existe no Brasil há 50 anos (o pioneiro foi o Estado da Bahia), mais antigo que o curso de Educação Física e que vários cursos modernos, como os ligados à informática, porém ainda é desconhecido por 90% da população.

Quais seriam as causas disso? Aposto no equívoco comumente cometido de se achar que a Arte não é uma profissão séria e digna de estudo e respeito pelas outras áreas do conhecimento humano. E vou mais além, não só a Arte, mas Arte da Dança é menosprezada dentre as outras artes. Chegamos ao absurdo de uma escola preferir contratar um profissional formado em Artes Plásticas para ensinar todas as outras (música, teatro, dança,...).

Apesar de todo o cenário ser desfavorável, do desconhecimento da população, do preconceito com a área e de as faculdade particulares geralmente serem associadas a serviços mal prestados, o Curso de Graduação em Dança da Universidade Anhembi Morumbi vem recebendo há vários anos a avalição de 4 estrelas no Guia do Estudante (manual que avalia anualmente as universidades de São Paulo) e posso afirmar com certeza que poucos são os cursos, inclusive dentro da própria Anhembi, que recebem esta titulação tão alta.

Essa tradição em qualidade se deve muito ao rigor da Coordenção e do Corpo Docente do Curso de Dança, mas também ao esforço e dedicação do Corpo Discente. Venham Prestigiar mais uma apresentação de fim de curso dos alunos que se formam este ano.

EntreTantos foi o nome escolhido pela turma e pela professora orientadora Lu Favoreto para o trabalho que será apresentado na segunda semana de Novembro. Com 27 integrantes, todos puderam sentir na pele as dificuldades e lidar com tanto desejos e este nome sugere exatamente isso, convivência entre muitas pessoas gera conflitos.

O Tema central do trabalho é Mudança/Transformação, nos seus mais variados sentidos e contextos. Como uma luva se encaixou o texto "A pipoca" do brilhante Rubem Alves, que foi usado pelo grupo como tema poético inspirador e que permeia o espetáculo dando ligação aos acontecimentos e arrepiando o público.

Neste texto, Rubem Alves utiliza a metáfora da transformação do milho duro em pipoca macia e apetitosa.

Fora isso, durante o trabalho é identificável a história de vida dos interprétes que fica inscrita no corpo e no movimento. Sentimentos, sensações, amplitude de movimento e estilos de dança se unem para dar corpo à voz dançada, cantada, falada, tocada e sentida dos jovens artistas.

Venha prestigiar este trabalho artístico.

Entretantos

"Nunca pensei que chegaria um dia em que a pipoca me faria sonhar..." (Rubem Alves)

Espetáculo de Dança Contemporânea, produto do Trabalho de Conclusão de Curso dos alunos formandos do Curso de Graduação em Dança da Universidade Anhembi Morumbi.

Apresentações gratuitas (retirar senha com uma hora de antecedência).

Dias 12, 13, 14, 15 e 16 de Novembro de 2008.
Quarta à Sábado às 21:00h, Domingo às 19:00h.
Teatro Anhembi Morumbi - R. Dr. Almeida Lima, 993 (Metrô Bresser).



domingo, 9 de março de 2008

Oficinas Gratuitas - Projeto Todos na Dança:


O Projeto Todos na Dança é uma das formas que o Curso de Graduação em Dança da Universidade Anhembi Morumbi encontrou para disponibilizar à comunidade o conhecimento que é transmitido, desenvolvido e pesquisado no ambiente acadêmico pelos profissionais e estudantes do curso.

É bastante impressionante que os cursos de nível superior em dança sejam pouco conhecidos pelas pessoas em geral, afinal, a graduação em dança é mais antiga no Brasil que o curso de Educação Física, data de cinquenta anos atrás e o estado pioneiro foi a Bahia.

A dança é uma área do conhecimento humano tão antiga quanto o próprio homem, e se difere da Educação Física num simples aspecto: enquanto os esportes e atividades físicas têm objetivo na competição e saúde do corpo, a dança têm função comunicativa-artística.

Obviamente que hoje as funções acabam se misturando um pouco, temos o exemplo da ginástica artística e da dança-terapia, mas é importante compreender o que abrange cada área, principalmente nos momentos de escolha de carreira ou de contratação de um profissional.

No Brasil existe o mito de que "todo brasileiro é professor de dança/dançarino por direito cultural adquirido", o que leva muitas pessoas, ainda mais se forem jovens, que tem um raso contato com a dança já utilizarem isso profissionalmente. Quando digo "raso" me refiro a apenas um âmbito, um conhecimento que vive dentro de uma bolha, que não olha ao redor para conhecer o que mais foi e está sendo feito em dança no mundo. O conhecimento raso pode devir de pouco tempo estudo ou de meio preconceituoso.

Você deixaria um médico que tem menos 1 ano de estudo realizar uma operação em seu corpo? Ou um médico que não frequentou a faculdade, aprendeu a operar sozinho?
Acredito que não. Frequentemente pessoas entregam seu corpo nas mãos de "falsos" profissionais de dança, pessoas que tem facilidade em aprender determinados movimentos e acreditam que estão aptas a ensinar.

Ser educador é muito mais que transmitir conhecimentos que se tem assimilados, é necessário conhecer metodologias de ensino, as fases de desenvolvimento do ser humano para compreender o que cada faixa etária está mais apta a trabalhar, no caso da dança ainda são necessários, além dos conhecimentos técnicos de dança, noções do corpo histórico, cultural e socialmente estabelecidas, compreensão da constituição física do corpo, e muito mais, é uma grande responsabilidade lidar com o corpo de outras pessoas.

Essa é a grande importância da valorização do profissional que possui nível superior em dança, não podemos deixar que toda a profundidade do conhecimento que envolve a dança vá pelo ralo e fique somente a superficialidade tão difundida pela mídia.

Fotos de algumas aulas do Projeto no segundo semestre de 2007:

Danças de Salão para a dultos:




















Balé Clássico para adultos:




















Dança do Ventre para a Terceira Idade:


















Se puder, não perca a oportunidade de participar de uma das oficinas e conhecer um pouco mais sobre as possibilidades de expressão do próprio corpo.

O Projeto Todos na Dança abre inscrições semestralmente, oferece gratuitamente oficinas gratuitas de dança, de diversas modalidades e para todas as idades.

Para informações, contate Luciana Nunes, Supervisora de Atividades do Curso de Graduação em Dança da Universidade Anhembi Morumbi:
Seg. à Sex. das 09:00h às 13:00h, pelo telefone (11) 2790-4516, ou pelo e-mail lcnmsilva@anhembi.br
Endereço: R. Dr. Almeida Lima, 993. Próximo a estação Bresser do metrô.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A idade certa para dançar:

[Editado: Leia a segunda parte dessa postagem aqui]

Um tema que ainda gera muita polêmica, é se há idade certa para se dançar.

Algumas pessoas até gostariam de frequentar aulas ou locais onde se dança, mas desistem por acreditarem ser velhas demais, gordas demais,

Você pode arranjar a desculpa que quiser, alto, baixo, careca, pé torto, dois pés esquerdos (para os canhotos deve ser uma maravilha!), mas a verdade é que NÃO HÁ NENHUMA RAZÃO FÍSICA QUE IMPEÇA ALGUÉM DE DANÇAR.

Existem milhares de técnicas e estilos de dança no mundo inteiro, com certeza um se encaixa no seu perfil.

Não importa a sua idade, a sua aparência, a sua facilidade ou dificuldade em aprender, o que impede alguém de dançar é simplesmente não gostar ou um preconceito.

Quando alguém lhe diz a palavra DANÇA, qual a primeira imagem que vem a sua cabeça?

Essa é a primeira impressão que você tem sobre a dança, mas, acredite, ela é muito mais do que isso!

Geralmente é a imagem de uma moça jovem, vestida de tule nas pontas dos pés.





Cada dança carrega consigo uma imagem ideal de corpo, que está relacionada à época, lugar, condição econômica, política e social de onde foi criada. Com o balé clássico não poderia ser diferente.

O Balé tem um tipo físico ideal, assim como o nosso samba de carnaval também tem, não há nenhuma velhinha, ou gordo careca de biquini na passarela do sambódromo. Soa até engraçado! Mas isso é uma opção estética. Um companhia de dança tem todo o direito de escolher como serão os bailarinos que participarão de seus espetáculos, assim como a Escola de Samba tem todo o direito de escolher como será a madrinha da bateria, mas isso não significa que só mulatas jovens possam sambar.
Se você tem algum problema de saúde que dificulte a sua mobilidade, precisa ter cautela e não forçar seu corpo além de seus limites. Todos temos limites é muito importante conhecê-los.

Muitas escolas de dança já possuem turmas especiais para crianças, jovens, adultos e idosos, se a sua não tem, peça para ter.
Algumas escolas e espaços especiais, como o Clube dos paraplégicos de São Paulo e a PUC, oferecem aulas de dança para o público com alguma deficiência, seja física, como visual, auditiva, paraplegia; mental ou psicológica, como autismo, síndrome de down, etc.
O artista da dança Alito Alessi (E.U.A.) trabalha com deficientes no exterior a muitos anos, possui inclusive uma cia de dança com seus alunos que demonstram interesse na dança para palco.
Voltando a questão das idades, como podem ver, não há, realmente, nenhum impedimento físico para se dançar, e sim a escolha da técnica ou estilo de dança certo e o respeito aos seus limites corporais.
Em algum momento você vai ouvir, "nossa escola só aceita crianças com mais de 5 anos". A verdade é que para crianças muito pequenas não se deve ensinar uma dança codificada (como balé, jazz, danças de salão, sapateado, ...) pois ela nem desenvolveu o corpo a ponto de descobrir todas as próprias possibilidades de movimento. Para crianças muito pequenas, o indicado é uma aula de dança para crianças, baseada em técnicas da dança contemporânea, Laban (dança criativa) adaptadas a faixa etária.
Muitos professores não sabem o mal que estão fazendo aos corpos das crianças por tentarem, tão novas, obrigá-las a seguir determinado movimento fechado e codificado.
Prefira deixar seu filho brincando no parquinho que obrigá-lo a dançar se ele nem andar direito sabe! (rsrsrs)
Se na escola de dança perto da sua casa, não aceitam adultos, ou idosos, peça se montar uma turma, se negarem mesmo assim, mude de escola.
Turmas mistas são algo muito complicado, numa mesma aula haver um aluno de 6 anos um de 10 e um de 15, são períodos de desenvolvimento motor e psicológico muito diferentes. Por isso, é compreensível que um professor não aceite um idoso em uma turma de adolescentes.
Não há idade certa para se dançar, se você já dança, não pare nunca, se não começou, a hora certa é agora!








terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Apresentação:


Olá,

Eu sou Cleo Beolchi, para mim a Dança é uma área do conhecimento humano muito interessante, é uma arte, um prazer, meu estudo e meu ofício.

Este será um espaço dedicado a divulgação de espetáculos, apresentações, eventos, oficinas, cursos e aulas de danças em geral, além de curiosidades e informações importantes sobre corpo, estética, arte e outros assuntos relacionados à prática e ensino de dança, seja no palco ou fora dele.

Se algum destes assunto interessa a você, fique a vontade para conhecer e compartilhar conhecimento.

Sejam Benvindos ao meu Blog!